ANTEPROJETO APRESENTADO EM 30 DE MAIO DE 2003
GEOP – GRUPO ESPECIAL DE
OPERAÇÕES PRISIONAIS
GRUPO ESPECIAL DE OPERAÇÕES
PRISIONAIS
DIRETORIA GERAL DE ADMINISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA
ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
ÓRGÃO DA SECRETARIA DE JUSTIÇA
E SEGURANÇA PÚBLICA
·
Corporação formada por Oficiais e Agentes
Penitenciários, devidamente treinados e equipados para missões no âmbito do
Sistema Penitenciário do Estado de Mato Grosso do Sul, como:Serviço de Escolta
de Presos, Serviço de Inteligência e Execução do Plano de Contingência das
unidades Prisionais e confecção de Inquérito para apuração de fatos tipificados
como crime ocorridos dentro das unidades prisionais, tendo em vista que esta peça é meramente
informativa para a propositura da Ação Penal Pública.
- Obs.: para confecção do inquérito será necessário
que o titular seja Bacharel em Direito e da carreira dos Servidores
Penitenciários do Estado
SUBORDINAÇÃO: O grupo será subordinado à direção geral do sistema
penitenciário em seu primeiro nível hierárquico.
FINALIDADE:
- O presente projeto visa estabelecer a constituição
e implementação, do GEOP (Grupo
Especial de Operações Prisionais), definindo suas diretrizes de
funcionamento, emprego, composição e missões especiais.
OBJETIVO DO GRUPO:
- Serviço de Escolta: Efetuar escolta de presos de baixa, média e alta periculosidade, para hospitais, laboratórios, postos de saúde, exames, para audiência em Fórum da capital e interior, apresentação em delegacias de policias da capital(Federal e Civil), e interestaduais, visando maior agilidade no cumprimento das determinações judiciais.
- Guarda de Muralha: Fazer serviços de vigilância e guarda de muralha dos estabelecimentos penais, primeiramente da capital e depois nas maiores unidades prisionais do estado. Atualmente a responsabilidade desta função é da POLICIA MILITAR, por força do dispositivo da Constituição Estadual, qual precisa ser alterado, via Legislativo, cuja alteração pode ser proposta por qualquer deputado.
- Serviço de Inteligência: Voltado diretamente aos acontecimentos diários dentro e fora das unidades penais, trabalhando constantemente com a finalidade de colher informações que possam desarticular qualquer tipo de ação contrária à ordem e disciplina dentro das unidades penais, ou quando externas tenham a finalidade de influenciar em planos de fugas, tentativa de resgate e invasão do prédio.
- Plano de Contingência: Visa dar o primeiro apoio em momentos de conflitos internos, como :revoltas e rebeliões e sinistros, dentro do menor tempo possível, evitando mortes, tomada de reféns e ocupação do prédio por parte dos revoltosos, reforço da segurança interna, e desocupação da unidade penal de pessoas que não sejam da área de Segurança e Custódia, como: visitantes, autoridades, advogados, servidores administrativos, etc., preparando com estas medidas uma possível intervenção da tropa de choque da policia militar.
COMPOSIÇÃO:
- Será composto por Oficiais e Agentes penitenciários da Área de Segurança e Custódia.
EFETIVO:
- O grupo de Operações Prisionais será composto
inicialmente por uma equipe de aproximadamente 44 servidores, sendo: 06
Oficiais Penitenciários e 38 Agentes e, com escala de 40 horas/semanal quando dentro da
normalidade.Todos os componentes do Grupo após término de sua missão estarão
de folga, porém de sobreaviso em suas residências, e presentes quando
convocados para treinamento, além de terem local certo para que possam ser
localizados e chamados para qualquer eventualidade.
VIATURAS/VEÍCULOS:
- O grupo poderá dispor das viaturas hoje existentes na Diretoria de Administração do Sistema Penitenciário/MS, que vieram através do Fundo Penitenciário Nacional e estão emprestadas à polícia militar para escoltas, além das que estão na DGSP que não estão sendo usadas para os fins específicos, e de outras que serão adquiridas para fins de escoltas equipadas com rádios de comunicação e proteção contra disparos de armas de fogo e veículos de pequeno porte 2.0, 04 portas, para dar o apoio quando em trânsito pelas ruas, servindo de batedores, exemplo: motocicletas (Honda Falcon), etc.
ARMAMENTO e
EQUIPAMENTOS:
- O Grupo deverá dispor dos seguintes equipamentos
para ações táticas:
- Pistolas
Pt.100 Calibre 40
- Sub-Metralhadoras MT. 40
- Carabina CT 40
- Munições calibre .40
- Escopeta calibre 12
- Bastão Telescópio (ASP)
- Lanternas de alta potência e portáteis(Scorpion
ou Sure fire)
- Coletes Balísticos
- Coldres
- Cintos táticos
- Algemas
- Capacete de proteção
- Detector
de metal manual
- Máscara de proteção contra gás
- Binóculo para dia e visão noturna
- Rádios de comunicação individual (HT)
- Fardamento completo
- Símbolo de identificação do grupo
- Munições não letal calibre 12 (borracha ou
outras)
- Cassetete comum
- Cassetete de choque
- Para ações de inteligência:
- Micro gravadores
- Câmeras fotográficas
- Filmadoras
- Microfone direcional
- Equipamento de escuta
- Maleta de grampo
OBS.1: Em
ações dentro das unidades prisionais serão usadas munições não letais.
OBS.2: O
símbolo descrito no item 18 é o distintivo do grupo cujo desenho segue anexo.
INSTALAÇÕES:
· O Grupo
deverá ter sua base operacional em uma instalação criada pela Secretaria de
Segurança do Estado.
JUSTIFICATIVA
Existe hoje
um clamor social pela eficiência das policias militar e civil no que diz
respeito à repressão e combate a violência e a criminalidade. Sabemos que a
eficiência das policias está ameaçada pelo desvio de função que hoje
desempenham, como: guarda e custódia de presos em delegacias, estabelecimentos
penais, além de guarda de muralhas e escoltas em geral. Sabedores
das cobranças da sociedade e conhecedores da real situação do sistema
carcerário em Mato Grosso
do Sul, é que nos incentivou a tomar a iniciativa de criação do Grupo Especial
de Operações Prisionais, haja vista que nosso trabalho de reinserção social
muitas vezes se vê esbarrado pela falta de efetivo das policias para realizarem
este trabalho, atingindo também nossa eficiência em cumprimento da Lei de
Execuções Penais.
Com a criação
do GEOP será também implantado um serviço de inteligência voltado diretamente
aos acontecimentos diários dentro e fora das unidades penais, trabalhando
constantemente com a finalidade de captar e coletar informações que possam
desarticular qualquer tipo de ação contrária à ordem e a disciplina dando
subsídios para o fiel cumprimento da pena e mandamento judicial, sempre
fulcrado nas leis vigentes.
O GEOP ao assumir essas funções estará apoiando a
capacitação e eficiência das polícias estaduais, particularmente na gestão de
segurança pública, mediação de conflitos, operações que envolvam o policiamento
em manifestações de massa e investigação policial e, especialmente, na
implantação de polícias comunitárias, tudo aquilo que a sociedade quer e exige
de nossos dirigentes.
Dar maior agilidade em realizações de escolta para
médicos, laboratórios, hospitais, para audiências
no Fórum e Tribunal do Júri, e outros lugares determinados por juízes de
direito, para estarmos em consonância com as
modernas formas de execução penal e atendimentos ao que determina a Lei de
Execuções Penais, Constituição Federal e Acordos internacionais, firmados pelo
Brasil em relação aos tratamentos mínimos proporcionados aos presos, conforme
são exigidos pela Organização das Nações Unidas, já que a segurança pública é
dever do estado, direito e responsabilidade todos, e é exercida para a
preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio
público.
(Constituição Federal , art. 144).
Como
princípio básico do Sistema Penitenciário temos
a preocupação de reintegrar o homem encarcerado à sociedade, de forma
que ele possa se manter e sustentar sua
família, assim, livrar-se do caminho da reincidência. No entanto, para que este
objetivo seja alcançado, é preciso, entre outras coisas, que ao preso seja
disponibilizado todo atendimento para que sua reinserção social seja mais
eficaz.
O condenado tem todo direito garantido pela Lei de Execuções Penais, e
mais aqueles que não sejam suspensos na sentença judicial, portanto, é dever do
estado garantir todo serviço necessário ao seu retorno ao convívio social.
EXECUÇÃO DO PROJETO
Para implantação do presente projeto poderá ser usada a estrutura que
dispõe a academia de policia civil com curso realizado através da Secretaria de
Segurança Pública de Mato Grosso do Sul, com recursos do estado e também
através de convênio com o Ministério da Justiça no Plano Nacional de Segurança
Pública, além de verbas do Departamento Penitenciário Nacional - DEPEN.
Os integrantes do grupo
deverão passar por academia de formação e treinamento por profissionais da
área. Por ser interesse geral da sociedade a eficiência do Sistema
Penitenciário na execução da pena e mandamentos judiciais, além da prevenção e
reabilitação do homem encarcerado.
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