O melhor do projeto é que muitos sentenciados condenados em regime semiaberto e aberto, que nunca estiveram presos em presídios, não serão contaminados pela prisionização, ou seja, cumprirão suas penas e não correrão o risco de ser arregimentados pelas facções criminosas ou crime organizado.
O método APAC se inspira no
princípio da dignidade da pessoa humana e na convicção de que ninguém é
irrecuperável, pois todo homem é maior que a sua culpa. Alguns dos seus
elementos informadores são: a participação da comunidade, sobretudo pelo
voluntariado; a solidariedade entre os “recuperandos”; o trabalho como
possibilidade terapêutica e profissionalizante; a religião como fator de
conscientização, a assistência social, educacional, psicológica, médica e odontológica
como apoio à sua integridade física e psicológica; a família do recuperando,
como um vínculo afetivo fundamental e como parceira para sua reintegração à
sociedade; e o mérito, como uma avaliação constante que comprova a sua
recuperação já no período prisional.
“...A implantação do sistema depende de uma ação conjunta do Governo do
Estado, Poder Judiciário, do Ministério Público, Prefeituras, Associação
Comercial e da sociedade civil. O modelo
de cumprimento de pena APAC tem mostrado resultados positivos em várias cidades
e estados brasileiros.
Um dos fatores que mais chama a atenção, são os dados de criminalidade
e os aspectos econômicos refletidos pela APAC, segundo a PM em 2006 houve 38
homicídios em Pedreiras, em 2007 foram 32 e em 2008 apenas 18. Segundo o juiz
da 1ª Vara Dr. Douglas, isso é reflexo da APAC, que trabalha em conjunto com a
sociedade, como não há reincidência dos detentos, a população é levada a
conhecer o convívio de um presídio para se conscientizar e por fim é feita uma
sensibilização dos poderes em torno da segurança. “É importante haver um
presídio perto da cidade e visitá-lo para as pessoas verem que quem erra é
punido”.
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